Quem trabalha na indústria ou em setores próximos a ela provavelmente já se deparou com o termo ensaio não destrutivo. É muito comum na engenharia. Como o próprio nome sugere, um ensaio não destrutivo nada mais é do que um exame feito para inspeção de um material, em busca de falhas que não são visíveis a olho nu, sem que danifique ou prejudique o seu funcionamento.
As falhas em materiais podem afetar o desempenho da estrutura ou equipamento comprometendo a segurança operacional e a qualidade, bem como a estética visual. Podem ser aplicados tanto para inspeções durante fabricação, construção ou montagem, quanto para acompanhamento das condições durante operação. Também são conhecidos pelas abreviaturas END (de ensaios não destrutivos) e NDT (do inglês non destructive testing).
Quais as principais falhas buscadas?
As falhas mais comuns são:
trincas que surgem principalmente após longos tempo de uso de uma certa peça ou estrutura devido à fenômenos como fadiga ou impacto;
inclusões, decorrentes de contaminações ou erros durante os processos de fabricação;
corrosão que ocorre em estruturas metálicas sujeitas à oxidação;
porosidade e vazios, quando há problemas de preenchimento no material decorrente de problemas durante a fabricação;
mudanças em propriedades que podem levar a perda de resistência ou falha em serviço.
Onde são usados?
Os ENDs são amplamente usados em diversas atividades de engenharia, principalmente na indústria. Os segmentos de óleo e gás, manufatura e aeroespacial geram as maiores demandas. O mercado mundial de ENDs vale mais de USD 20 bilhões atualmente e estima-se que somente no Brasil, são investidos anualmente cifras superiores a USD 100 milhões.
Tudo entendido até o momento. Mas como são feitos esses ensaios?
Existem diversas técnicas diferentes para realização de um END. A mais comum delas é o teste por ultrassom. É parecido com o exame feito em gestantes para acompanhar o desenvolvimento do bebê dentro do útero. Nas aplicações industriais, são usados em materiais metálicos, poliméricos, cerâmicos ou compósitos, em busca de defeitos no seu interior.
Além do ultrassom, outra técnica muito usada é a radiografia. Similar também ao exame médico, onde procura-se informações á respeito do interior do material.
O ultrassom e a radiografia juntos representam quase 50% do mercado de ensaios não destrutivos, sendo que essas duas tecnologias já são consolidadas há mais de 40 anos.
Outras técnicas comuns de END são:
líquido penetrante;
partículas magnéticas;
correntes parasitas;
inspeção visual.
Existem grandes esforços no desenvolvimento de novas técnicas de END. Algumas tecnologias já estão bastante evoluídas como a shearografia, as emissões acústicas e principalmente a termografia.
Como os ensaios não destrutivos podem me ajudar?
Os END são extremamente úteis para prevenir desperdícios, retrabalho e para assegurar a qualidade de produtos e processos. São úteis durante o ciclo de vida da produção:
na etapa de concepção para melhoria do projeto de um componente;
no controle de qualidade, onde ajudam a verificar inconformidades dos processos de fabricação antes do lançamento aos consumidores;
na manutenção, ajudando a prever falhas antes mesmo delas acontecerem.
Em resumo, os ENDs ajudam você a conhecer melhor sobre o seu processo produtivo. Economize recursos e garanta a satisfação dos seus clientes fazendo bom uso dessas
técnicas.
Quer saber mais detalhadamente como aplicar os ensaios não destrutivos corretamente na sua empresa? Converse com a gente!
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